segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ao invés de me lamentar, penso cada vez mais no quão fascinante é a vida: temos enormes desafios e cabe a cada um dar resposta aos dilemas.

Não é bom terceirizar os dilemas existenciais: ou seja, tentar se encostar em alguém para que eles resolvam nossas carências e dificuldades.




Buscar um parceiro para, juntos, lidarmos com os problemas da vida é enriquecedor. Buscar alguém para nos carregar nas costas é imaturidade.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A verdade é que vão existir centenas de pessoas querendo te querer bem. Centenas de aproveitadores, de vazios de coração, de coração cheios de segundas intenções, de interesseiros, de forasteiros, de príncipes, princesas, bruxas, sapos, rãs, lobos, raposas, mocinhos, vilões, pessoas com o coração cheios de buracos achando que você é estepe. E você só precisa escolher uma.
Deus tem sido muito bom comigo. Vez em quando, ele me sorri, brinca de acender céu. Longe daquele Deus que eu tanto temi quando criança. Longe daquele Deus rancoroso que nos mostra o antigo testamento. Deus tem apaziguado meu caminho. Tem colocado mais flores que pedras.
Tenho pensado, nos últimos dias, em como Deus escolhe a dedo as pessoas que coloca perto da gente. E que, sem essas pessoas, as coisas seriam outras e a sorte, pequena. Tenho pensando, nos últimos dias, em como ele coloca uma luz, quando tudo parece não fazer sentido. Tenho aprendido muito. Tenho me enchido de luz. Tenho agradecido também, pelas coisas que alcancei, pelas mudas de sol postas no caminho, pelas pessoas cheias de luz e sorrisos bonitos. Tenho agradecido também pelas coisas feias que me atravancaram o caminho, mas que me tornaram mais forte e pronta pra enfrentar a vida. Tenho agradecido pelas ciladas do tempo, que só têm aumentado a minha fé e meu 'olhar com amor' para o mundo.
E, do meu jeito, tento retribuir da forma mais simples que sei: transbordando amor. Amor nas palavras, amor nos sorrisos, amor em tudo que eu faço, amor em tudo que eu vejo. Porque Amar, como diria a Dona Ana Bonita, já é uma forma de prece.

Então, eu amo!
Toda mulher tem um pouco...
De criança, de maluca...
Meu pouco criança sofre e se diverte com meu pouco louca...
Meu pouco adulta perdoa tudo porque tem total consciência do meu pouco criança.
Quem em cada pouco põe tudo que é merece ser feliz.
E muito!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ele era o remédio pra minha loucura, porque de alguma forma ele a compreendia. E foi por isso que eu fui, bati na porta da sua casa, e ele abriu bastante surpreso a me ver. Eu não tinha corrido, mas estava cansada, não estar perto dele me desgastava. ‘Não consigo mais’ eu disse, beirando a desespero. Ele me lançou um olhar cúmplice e respondeu: ‘Eu também’ e depois sorriu.

Quem roubou suas cores?

Tenho uma amiga que quando percebe que eu estou triste costuma me perguntar quem roubou a minha caixa de lápis de cor. Tem vez que nem pergunta, apenas comenta: “poxa, dessa vez levaram as cores que você mais gosta!” (...) algumas vezes, quando eu choro diante dessa indagação não é pelas cores que não encontro na caixa nem por lembrar de quem supostamente as roubou. Choro por perceber que ainda dou aos outros o poder de roubá-las. Por notar que, no fim das contas, quem rouba os meus lápis de cor preferidos sou eu.
Ver tv me deprime, então resolvo ler. Que me deprime. Então resolvo dançar de pijama na cozinha. Que me deprime. Então resolvo ver TV. Que me dá sono. E sono não me deixa triste. Mas sonhar me deixa. Porque todas as noites eu sonho que estico o braço e encontro as costas dele. E enfio a mão pela camiseta amarela e faço carinho nas costas dele. E o mundo ficava tão limpo, tão lindo...E desde que ele se foi o mundo ficou sujo. E então fico muito, muito, muito, muito triste...
Resolvi deixar cada um curar suas próprias expectativas. Não posso alimentar os anseios alheios e me importo muito pouco com a opinião (quase sempre vaga) das pessoas. Acredito que isso possa me levar a lugares bons. É desnecessário ficar tentando provar algo a alguém. As pessoas sempre tomam como verdade aquilo que lhes convém.

Café quase amargo

Entre xícaras de café quase amargo, e ao som de um rock muito tocado, vou amarrando as pontas das milhares de circunstâncias que insistem em fazer parte de mim...em circunstâncias, leia-se: dúvidas, casos mal resolvidos, tentativas frustradas, planos indefinidos...um turbilhão que o café não ameniza, mas que o solo da velha guitarra absorve e leva para plano do bem estar.
Me vem à cabeça as palavras que desperdicei, ou melhor; as que usei em demasia...
Nem toda palavra merece desperdício. Nem todo ato mal concretizado é digno de reparo.
A falta de compreensão em coisas banais, me mostra em realidade o quanto preciso de aperfeiçoamento, e paralelamente o quanto a capacidade de ser mutável [em sentido físico, convicções] me beneficia, me cria e modela. Pra melhor.
Não quero ter uma vida da qual fugir, apenas preciso de café quase amargo, um pouco de música e um lugar pra escrever essas circunstâncias, não como fuga, mas como tentativa de compreendê-las. Solucioná-las.
Música, café, palavras mal elaboradas, solução.