quinta-feira, 21 de março de 2013

Entra pra ver
como você deixou o lugar
E o tempo que levou pra arrumar aquela gaveta
Entra pra ver
Mas tira o sapato pra entrar
cuidado que eu mudei de lugar
algumas certezas
pra não te magoar
Não tem porquê
Pra ajudar teu analista:
"Desculpa."
Mas se você quiser
alguém pra amar
ainda
Hoje não vai dar
Não vou estar
Te indico alguém
Mas fica um pouco mais
Que tal mais um café?
Ainda lembra disso?

sexta-feira, 15 de março de 2013


Ter vinte e poucos anos não quer dizer nada. Trinta. Quarenta. Quinze. Vinte. Noventa. O que importa, no fundo, é quem você é quando está sozinho.

Como você é quando está acompanhado.

O que sobra quando a luz apaga.

O que resta quando o sol acorda.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Será que as pessoas não perceberem que não somos livres, que PRECISAMOS de relacionamento e para seguir com qualquer
relação a liberdade tem que ser "participativa".

" Você deve escolher entre aprender a dividir a sua liberdade ou ficar definitivamente só."
E para quem escolheu ficar a dois, devemos treinar o estar junto, com paciência, lealdade e honestidade.




Esqueçamos com generosidade aqueles que não nos podem amar.

domingo, 10 de março de 2013

“Olho para você. Você me pergunta o que há, sempre um pouco vigilante, quando olho para você. Digo que não há nada, que olhava para você por prazer: - Não sei se o amor é um sentimento. Às vezes acho que amar é ver. Ver você."

sexta-feira, 1 de março de 2013



Alguém me disse, com a voz embargada, que, agora sim, estava convencido da existência de Deus, porque os trabalhos psicografados de Humberto de Campos eram evidentemente dele mesmo.

Mas isto não prova a existência de Deus... Prova apenas a existência de Humberto de Campos.




Mario Quintana - A Vaca e o Hipogrifo
Não pretendo que a poesia seja um antídoto para a tecnocracia atual.
Mas sim um alívio. Como quem se livra de vez em quando de um sapato apertado e passeia descalço sobre a relva, ficando assim mais próximo da natureza, mas por dentro da vida. Porque as máquinas um dia viram sucata. A poesia, nunca.